Pintura de Julio - Burguês
Coisas que me acabrunharam hoje:
... e esta:
... e agora este link, retirado ao Cagalhoum do Finúrias:
As cassetes da Casa Pia - Ouça o Adelino Salvado e Souto Moura no seu melhor
O famigerado Segredo de Justiça mais uma vez mandado às malvas... É inacreditável! Não dá para contar... só ouvindo... A serem verdadeiras as gravações, algo de muito mau vai neste paraíso à beira mar plantado...
Muito tenho lido sobre esta coisa dos professores... o Nuno do Nónio fartou-se de postar sobre o assunto e levantou algumas questões, do meu ponto de vista, interessantes... mas não é sobre elas que eu vou aqui falar, mas sim de algo que me coça atrás da orelha e que eu sinto necessidade de afastar...
Tenho cá para mim que esta história de programas que não funcionam ou deixaram de funcionar no último minuto, para agora funcionarem em pleno, com toda a gente a funcionar em pleno gás ( parece quasi uma street racing ), me soa a conspiração... E a minha teoria é a seguinte: ainda ninguém falou sobre o manifesto poder que alguns do Ministério possuíam antes da utilização do programa informático... Ainda ninguém se questionou porque razão um número determinado de professores conseguia a transferência imediata, enquanto outros estavam sujeitos a saltar de escola em escola e dependiam da antiguidade para se aproximarem de casa... Do meu ponto de vista, e é com inspiração que o digo, a corrupção e o poder andavam de mãos dadas. O facto de as colocações dos professores estarem na posse de determinados indivíduos que, de um momento para o outro, se viram privados de tal poderio, leva-me a pensar se não teria existido qualquer tipo de sabotagem...
Como explicar que uma nova empresa de sistemas contratada conseguisse resolver em minutos um problema que durante meses a equipa ministerial e a Compta não conseguiram?... hmmmm...
Esta é uma história mal contada, não tenho dúvidas... assim como poucas dúvidas tenho de que o factor cunha, ao desaparecer, deixasse muita gente nervosa ao ponto de, ao hipoteticamente tentarem dar a volta ao sistema, o tivessem embaralhado de tal forma que ninguém agora quer falar do assunto ou sequer admitir essa hipótese...
E esta, hem?...
siX K. Dick... no terreno da sabotagem...
O Quasi Diário completou um ano da sua existência, o que é fantástico, diga-se de passagem...
Um ano difícil, com altos e baixos, alegrias e tristezas, e por vezes algumas surpresas.
A todos os que visitam este cantinho, pedaço da minha aldeia que eu tanto quero, quero agradecer. A manutenção do Quasi Diário só tem sido possível devido à vossa participação, aos vossos comentários...
A todos ofereço esta imagem, um pouco misteriosa, mas com profundo significado para mim...
siX, Berlim, Frank & Guaita
Sem querer perturbar o descanso eterno de Darwin e de Freud, arrisco-me a afirmar que as sociedades humanas se baseiam em larga medida nos exemplos que os seus cidadãos mais ilustres dão aos restantes, aos do lado de cá. A mediatização das sociedades veio agravar exponencialmente esta tendência, ao ponto de cada palavra, cada gesto ou cada olhar de um ídolo, ser por vezes entendido como algo de transcendental, de semidivino. Tentando fugir aos estereótipos e consciente que todos os homens são iguais mas que há sempre uns mais iguais do que outros, passemos um rápido olhar pela nossa sociedade e vejamos se assim é:
1 Os nossos políticos dão exemplos de como colocar sempre os interesses próprios à frente do interesse comum e de como um fala-barato pode aspirar ascender à liderança e a enormes responsabilidades, sem ter o mínimo de preparação e de competência para o fazer;
2 Os nossos gestores públicos dão exemplos de contenção salarial ao pagarem sempre o menos possível aos seus funcionários, com uma pequena excepção, uma gota de água, diga-se de passagem, no que respeita aos seus próprios salários, alcavalas e reformas;
3 - Os nossos gestores privados dão exemplos de sucesso ao entrarem para o top10 dos mais bem pagos da CEE, enquanto que as empresas que gerem nem no top das melhores 1000 ainda entraram;
4 Os nossos industriais dão exemplos da sua elevada consciência social ao despedirem umas dezenas ou centenas de pessoas para garantir a sobrevivência da fábrica e dos restantes postos de trabalho, e depois se metem no Ferrari, registado em nome da mulher ou do tio e voltam tranquilamente para a sua mansão;
5 Os nossos (grandes) agricultores dão exemplos de como se pode ganhar muito dinheiro sem produzir rigorosamente nada (para quê trabalhar se há uns tansos lá na CEE que lhes pagam para não produzir!) pelo que, patrioticamente, investem esses fundos em acções na bolsa e em imobiliário;
6 Os nossos (pequenos) comerciantes dão exemplos de criatividade e de lucidez, ao virem protestar contra a inqualificável proliferação dos centros comerciais e hipermercados que nascem como cogumelos por tudo quanto é sítio;
7 Os nossos jornalistas dão exemplos aos próprios abutres, à espera que o sangue jorre para caírem em cima da presa e se manterem lá agarrados enquanto isso vender papel;
8 Os nossos juízes e advogados dão exemplos magníficos da nossa nobre, equitativa e célere justiça, protegendo corajosa e atempadamente os mais necessitados e humildes da prepotência dos mais ricos e dos mais fortes (consegui escrever isto tudo sem me rir!);
9 Os nossos médicos dão exemplos ao Hipócrates em pessoa, que nunca se deve ter lembrado de fazer greve para receber as horas extraordinárias em atraso, quando tinha por perto pessoas a sofrer ou, quiçá, a morrer;
10 Os nossos professores dão exemplos ao seus alunos, mostrando-lhes como se pode atropelar os próprios colegas, ao pedir atestados médicos falsos para ficar mais perto de casa, prejudicando assim outros colegas realmente doentes;
11 Os nossos técnicos dão exemplos de como qualquer projecto que devia ser feito por X euros e em Y meses, se pode miraculosamente realizar no dobro do tempo e pelo triplo do dinheiro, sem nunca se perceber a razão por que tal acontece;
12 Os nossos industriais do turismo (sobretudo os algarvios) dão exemplos de como o turismo de qualidade em Portugal pode ser barato para os estrangeiros e caro para os portugueses, conseguindo assim atrair revoadas de trolhas e estivadores alemães ou ingleses, sedentos de sol, mulheres e cerveja baratas, não necessariamente por esta ordem;
13 Os nossos arqueólogos dão exemplos de como a arqueologia longe do ar condicionado só começa a ter interesse a partir do momento em que se decide construir qualquer coisa e enquanto der para escrever uns quantos artigos para revistas da especialidade;
14 - Os nossos ecologistas dão exemplos parecidos com os anteriores, doutro modo não se entende onde é eles estavam e porque não fizeram o escarcéu do costume e exigiram medidas quando o país quase que ardeu de alto a baixo (2003), como fizeram daquela vez em que alguém quase arrancou as penas da cauda da águia de Bonnelli.
Mais não sei que dizer... Talvez pudesse continuar por aqui abaixo por mais algum tempo (até o siX me sanear de vez deste blog...), mas julgo que, para exemplo, estes exemplos já são suficientes.
VIVA PORTUGAL e VIVAM AS PERCEBAS.
Este artigo no jornal O Público, referente ao seminário realizado na cidade de Guimarães que tinha como tema: «Vale do Ave: os Têxteis, a Evolução Tecnológica e o Meio Ambiente», dá que pensar:
Atentem a algumas das tiradas do referido artigo:
O elevado esforço financeiro (75 milhões de euros) realizado nos últimos 13 anos para despoluir o Rio Ave, ainda não teve os resultados esperados.
Esta é sem dúvida uma brilhante conclusão...
Para o presidente da Associação de Municípios do Vale do Ave (Amave), o Rio Ave está naturalmente melhor que no passado.
Esta tirada não tem, naturalmente, nada a ver com a anterior... O contexto tem que ser outro, ou então...
Agora, esta, que é delirante:
É preciso mais rigor e mais fiscalização. Se houver cooperação, teremos todas as condições para, a médio prazo, termos a bacia do Ave mais ou menos limpa.
Que significará, para este meliante, o "a médio prazo": mais 13 anos, 25, 50,...
E então esta:
Fausto Oliveira, admnistrador da Tratave, empresa responsável pelo sistema de tratamento de efluentes do Vale do Ave, admitiu também a existência de "muitos problemas e erros" nestes primeiros seis anos de funcionamento.
Só seis? E quem nos diz que estes problemas e erros não vão continuar?! Este mesmo Fausto, daqui a outros seis?... Tente reduzir para três, a conta que Deus fez...
E por último:
António Magalhães, o tal que é presidente da Amave, refere expressamente que o rio continua a ser alvo de atentados ambientais, notando contudo que as empresas transgressoras "raramente são punidas".
Fantástico... reunem-se estes meliantes para falar, falar e falar, porque em termos de resultados práticos é o que se lê: nem uma única ideia, uma mão cheia de nada.
Bem, uma mão cheia de nada, não é bem assim porque dinheirinho não falta. Quasi 160 milhões de euros dá para comprar umas quantas boas ideias, penso eu...
Mas também penso que uma miragem é mais real que a capacidade empreendedora destes indivíduos...
A Polónia é um belo país à beira-mar plantado, cuja capital é Varsóvia.
Os seus habitantes, um bocado trengos, são os polacos. Viveram sob uma ditadura durante muitos anos, e talvez por isso tenham comportamentos muito peculiares.
Os polacos são pessoas que não gostam de convidar os vizinhos para jantar, preferem viver no seu mundinho, acreditando em coisas que já ninguém acredita. São por isso muito fechados e pouco sociáveis, também por estarem cientes que as suas conversas não têm o nível das conversas dos outros. Mas eles, coitados, não têm culpa. O Pacto de Varsóvia e os tempos da ditadura comunista são álibis bastante fortes para os contrariarmos. Temos que os respeitar, não foram momentos fáceis.
Devido à má governação do seu antigo regime, ainda há muitas coisas na Polónia em péssimo estado, que chegam a ter um cheiro defecante. O mar da Polónia, situado a norte, não é como o nosso, a água é gelada e não nos diz nada. Além disso os seus edifícios são demasiado altos e volumosos, feitos à pressa e com uma arquitectura horrível.
Mas também não podemos criticar este país por tudo e por nada, até há polacos com obras interessantes, como Karol Wojtila ou Chopin, mas todos eles só tiveram sucesso porque fugiram a sete pés da sua terra natal.
ABV Associação de Blogues Vilacondenses
Relíquia de S. Donato Fachada da Igreja da Ordem 3ª de S.Francisco
S. Donato é o protector da gente do mar, principalmente das Caxinas, Poça da Barca, Póvoa de Varzim, Azurara, Vila do Conde e Matosinhos. Muitos são os devotos que ao longo do ano o visitam, cumprindo as suas promessas. A festa costumava ser no segundo domingo de Novembro e que coincidia com o regresso da pesca do bacalhau, nos mares da Groenlândia. Por qualquer razão que desconheço, a festa é comemorada hoje, dia 26.
A relíquia encontra-se na Igreja da Ordem 3ª de S. Francisco ou antigo Convento dos Capuchos, no lugar da Granja, onde segundo a tradição teve princípio a povoação de Azurara. A Relíquia autêntica de S. Donato está numa urna de cristal. Mártir do 3º Século da Igreja, foi oferecida pelo Papa Benedito XIV a Fr. Francisco de Azurara que a trouxe de Roma e colocou na Igreja do convento da sua terra natal, em 1757.
Ah, não me posso esquecer que, dadas as características e particularidades da Relíquia, esta é imprópia a impressionáveis...
height=253 alt=1965913054_1999995909_laura.jpg src="http://viladoconde.blogs.sapo.pt/arquivo/1965913054_1999995909_laura.jpg" width=337 border=0>
Preciso esquecer aquilo que vi...
Nada melhor que um concerto de Jazz para certas ocasiões...
A música de Laura Fygi é potente em paisagens sonoras... e é para lá que eu vou, ao Casino da Póvoa de Varzim, deliciar-me com notas que não sejam aquelas que me desiludem...
"Quem é Arnaldo Sanfins", perguntei eu há uns posts atrás... O desconhecimento relativamente a tão ilustre personagem, espantou-me um bocado. Talvez fosse desinteresse, lá me vou habituando... pois...
Bom, Arnaldo Sanfins, para além de outras coisas, é apenas um dos propietários de vários lotes que se inserem na ROM-Reserva Ornitológica de Mindelo. É também o que dá a cara pela organização que dá pelo nome de APTAM, que significa Associação dos Propietários para o Desenvolvimento Turístico e Ambiental de Mindelo, a tal que lançou um comunicado hilariante, o qual analisámos aqui.
Bem, ontem decidi dar uma volta pela Reserva com o objectivo de respirar um pouco de ar puro e deliciar-me com a paisagem. Mal chegado, estaciono o carro e dirijo-me à entrada, cujo letreiro em vez de indicar ROM ou coisa que o valha, lê-se:
Bom, pensei, tá certo... deve ser coisa da minha imaginação...
Continuei e alguns metros à frente, deparo com isto: horror dos horrores... As imagens dispensam palavras.
Caramba, pensei. Mas a APTAM não significa também defesa ambiental? Então o tal de Arnaldo Sanfins, dono de uma série de terrenos, permite que coloquem entulho, produtos químicos e lixo neles? Deve andar distraído, só pode...
Mas o pior foi aquilo com que tropecei, e que só pode ser classificado como atentado à saúde pública. Ora vejam só:
Ossos e gorduras de animais mortos, em pleno caminho, atirados para ali para apodrecerem ao sol... Escusado será dizer que o cheiro era agoniante... No meu entender, as autoridades deviam investigar este assunto...
Mas nem tudo foi mau. Ora vejam o que encontrei:
Um gafanhoto do campo, resistente, da família dos acrídios. A sorte dele foi em eu não ser acridófago...
E fica também esta bela imagem do pinheiral em si... Que mistérios conterá?
Bom, cheguei ao fim da minha viagem. Não me quero despedir sem antes deixar este conselho aos responsáveis por estas terrinhas, beneficiadas pela Natureza e tão desprezadas pelo Homem: obrem...
No regresso a Vila do Conde, resolvi passar pela praia de Azurara, a que muitos erradamente chamam de Árvore, onde apreciei o mar da minha juventude, que tantas recordações me trás... Na volta, resolvi cortar caminho no lugar onde se encontra o antigo moinho, pois queria passar pelo lugar da Granja onde se encontra o Mosteiro dos Capuchos e a igreja de S. Francisco onde se comemoram as festas de S. Donato, patrono da gente do mar, e do qual falarei num outro post...
Ao passar sobre o Ribeiro do Alvite que desagua no Rio Ave, sou atacado por um cheiro pestilento inimaginável. Curioso, páro o carro e deparo com isto:
Do ribeiro, onde um dia cheguei a apanhar caranguejos, é isto que se vê. Um curso de detritos nojentos, negro como o coração daqueles que permitem este tipo de atentados... Ao que parece, ninguém põe cobro a isto, que é feito à luz do dia. Está tudo cego, na minha terra, é o que é...
E à luz do dia, sim... Porque os prevaricadores, conscientes da fraqueza ou incapacidade dos que pretensiosamente se dizem detentores da autoridade, já nem se incomodam em vir pela calada da noite. Querem a prova? Eis a prova:
No momento em que entrava para o carro, passa por mim este camião. Curioso, fiquei a ver o que estava a fazer. Na maior das calmas, despejou o entulho resultante de alguma obra devidamente licenciada...
Espero que estas imagens cheguem a quem de direito, que sirvam para denunciar o que durante anos andou camuflado e nos envergonha a todos... E que sirvam também para aqueles, que se dizem mais conscienciosos, que tanto aspiram a um lugar ao sol... pois esta mensagem é-lhes também dirigida.
É preciso ganhar vergonha, acabar com a demagogia balofa...
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